(...)EU TE AMO, disse ela então com ódio para o homem cujo grande crime impunível era o de não querê-la.(...)

                                                                                                                                       Clarice Lispector

entre partir e deixar partir

eu sempre prefiro

partir(será ?)

Filosofando na alcova
Ancorada em lembrança pequena e vulgar
De gratidão torta
Mas coração inebriado

pensar e escrever

falar e permitir

fazer e assumir

ouvir e concluir

enganos, erro fatal

a entrega que foi errada

a porta que ficou aberta

a mancha chamando a atenção

cabelo alvo

olhos tristes

tentação

deve existir
mas ainda não sei onde
mais que por favor, chegue logo!

Mas afinal, quem é você?

Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

pés gelados e coração na mão, sempre, desde que você partiu. . . sempre penso no dia que você vai voltar.

procurar por você

é como abrir os olhos diante de muito sol

minha casa é um pouco isso

esse canto valente

ofendente

de mesa forrada de

vermelho quente.

e ciò che è giusto allora?