domingo, 29 de agosto de 2021

Presente pra minha irmã



A TARTARUGA nos ensinamentos indígenas xamânicos, é o mais antigo símbolo do planeta Terra e representa estabilidade e com isso, associada a Mãe-Terra, à longevidade e à proteção. Com ela aprendemos que devemos nos centrar em nossa caminhada, seguindo com equilíbrio, entre movimento e repouso. Ela, na sua existência vive na alternância entre a água (emoções e intuição) e a terra (razão e sabedoria), isso nos ensina a fluir em harmonia em todas situações e desafios da Vida. Evoca estabilidade, longevidade, honra, paciência, resistência, proteção, experiência, sabedoria, organização, construção, foco e proteção.


terça-feira, 24 de agosto de 2021

Foto da memória recorrente

Tenho dançado os sonhos, buscando uma sintonia, uma energia que me conecte cada dia mais com minha essência, afinando de alguma forma. Algo profundo se move em meu ser, uma força que transgride todas essas amarras, para o meu ''eu" se soltar e fluir...

Lembrei do meu avô, das fontes na Itália e do tão singelo é essa imagem, que tão me remete ao quintal do meu avô, das suas reciclagens, dos seus orgânicos, das abelhas, da sua horta, dos alfaces, da parreira de uvas, das joaninhas, do pão, das massas, do garrafão de vinho,  daquele engradado de cerveja quente que ficava na beirada da cama dele e das carteiras de papelão e saquinho de leite... Honrando meu avô materno e todos os meus ancestrais na Lombardia, na Calábria e na Sicília. Ciao!

  

 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Presa por querer?


Eu tenho me feito esta pergunta diariamente.
Refletido.
Avaliado.
Sob quais pontos de vista eu tenho me sujeitado...

 


 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Poema em linha recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.

Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. 

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,

Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,

Indesculpavelmente sujo,

Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,

Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,

Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,

Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,

Que tenho sofrido enxovalhos e calado,

Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;

Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,

Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,

Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,

Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,

Para fora da possibilidade do soco;

Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,

Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo

Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,

Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana

Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;

Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!

Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.

Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!

Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,

Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!

E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,

Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?

Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,

Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

...um carta

... ainda respiro. Existe em mim um pouco do seu silêncio. Ele se encontra com o nosso azul no céu todos os dias. As vezes dói muito. Mentira! Não dói (ou estou anestesiada?) Dói sim! Uma dor tão pungente, que ataca meus corpo em doenças que não tem remédio pra sanar essa dor. Mas já doeu muito mais, muitas noites e muitos dias nessa existência... Quicá, doeu, como doeu em várias outras existências que não conseguimos cumprir com o combinado, com o acordo dos corações e nos sucumbimos aos caprichos do ego como agora.