terça-feira, 30 de julho de 2013

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Começo a semana sem querer pensar em você ao mesmo tempo sem conseguir abstrair os pensamentos que são só seus...
Confusão no meio da casa, dos quartos, da cria...
Os cachorros latem e mordem os meus calcanhares.
Poderia ter direito a um mate?
Um chocolate sequer...
Trás um cigarro que for pra me distrair, porque eu não vejo a porta aberta e nem o rumo pra sair pela janela.
O momento é propício a que?
Alguém por favor, consulta meu signo!
Posso desfazer o nó?
Usar borracha (Guignard que me perdoe)?
Não sei se sigo, mais quero abrigo.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

A DEMORA



O amor nos condena:
demoras
mesmo quando chegas antes.

Porque não é no tempo que eu te espero.

Espero-te antes de haver vida
e és tu quem faz nascer os dias.

Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores
tombam-me dos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.

Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta água no lábio
para aplacar a tua sede.

Envelhecida a palavra,
tomo a lua por minha boca
e a noite, já sem voz
se vai despindo em ti.

O teu vestido tomba
e é uma nuvem.
O teu corpo se deita no meu,
um rio se vai aguando até ser mar.
borboletas no estômago
borboletas na mente
e a culpa é sua...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Que não percamos a capacidade de ajudar os outros mesmo quando eles não possam ver e mesmo que não possam nos dar em troca sua gratidão!

terça-feira, 23 de julho de 2013

MEU DESTINO


Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida…
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida…

quinta-feira, 18 de julho de 2013


quarta-feira, 17 de julho de 2013

chorei não de saudade,
mais pela falta. . .

sexta-feira, 12 de julho de 2013





terça-feira, 9 de julho de 2013

esperar, sem esperanças

um coração roto
um filme pirata
uma caneca de vinho
barulho de solidão


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Poema em linha reta




Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.