quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Mudar

Mudei
Mudo
Mudarão?
Sei não...

Seguir mesmo quando tá frio?



Pés gelados

Hoje

Mero mortal

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Amo seu silêncio
Seu brilho nos olhos
Sua serenidade madura
Sua cor, seu cheiro, seu calor

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Artur hj

Preparo o café pra ele...

Pergunta se o ovo tá pronto

Digo, mais 30 seguntos

Replica

São Jesus!!! (adorei)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Depois de uma conversa...

Acabei de falar com minha Bel por telefone.
Eles chegaram de Campinas ontem, ás 00:00.
Ela me disse coisas sobre a chuva.... as árvores caídas nas ruas, a falta de luz, a falta de gente...o terror e o medo de pensar em um triz, que tudo acabou, mais ou menos como relata Marcelo Rubens Paiva em, Blackout...



Choveu, fez frio, tempo feio, isso também me entristece...
Por isso desculpo seu mal humor e sigo sem pensar nisso e pensando em tudo isso.

When you cut your hair

Sensação misturada
sentimento confuso
vontade aparada (como seu cabelo)
medo reestabelecido
desejo latente
doí
muitas palavras
poucas palavras
me vira do avesso
vai do fim
pro começo
de não sei onde
para onde não sei
queria dormir 20 horas
é, 20 acho que ta bom
só pra ver no que vai dar
tanta coisa
coisa tanta
chaves
chuvas
corpo molhado
cansado
resfriado
me deixou triste
turbilhão de pensamentos
que me rodam.


Seu gosto anda na minha boca...

So will hurt

Quando nossa casa pegou fogo, eu era muito pequena, mas acho que eu chorei.
Deve ter sido um choro triste e misturado com choro de medo, mas sem saber do porque.
Como choro agora.
Seu cheiro ainda está aqui, entre meus dedos, fica mais forte quando inspiro com a mão perto da boca, logo o sinto, forte.
E choro esse choro sem saber.
Um pouco de sensação misturada com um sentimento confuso.
Lembrança agora,
do gozo
da barriga
da pele
seus cabelos
seus olhos me olhando
seu silêncio respirando.
Eu te olhando e tentando...
Tentando...
Primeira dificuldade:
"Tentar sem saber o quê, como e se vai conseguir"
Tento.
Sei eu se vai dar certo, não sei o que é certo, certo é fazer o que der vontade(?).
Você, ainda preocupado com o mundo,
com a janela que te olha (mas não te vê)
Eu, preocupada com você
Seus furos
Sua dores
Seus pés descalços
Suas vontades
Sua alegria
Seu tudo
Seu nada
Você.
Seu cheiro insiste em pairar no ar
Lavo as mãos, mais esse cheiro não some, tá em mim.
O jeito é dormir
Pelo menos tentar
Quem sabe amanhã eu não tento nada, mas mesmo assim da certo?
Só Jáh!!!
(Obrigada, senhor! Obrigada, obrigada, obrigada...)


2 VÍCIOS

um bom?
outro
ruim?
você o bom?
café o ruim?
café o bom?
você o ruim?
ainda não sei,
prefiro continuar

com os dois

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

"as vezes cheiro fundo minha mão e sinto o cheiro da sua"
Como sempre
tudo e nada
ao mesmo tempo

Perfume da noite de ontem



Vou dormir

Seu cheirinho

Ainda em mim.


Lembrança


Leve

Suave

Delicada

Silenciosa

e Madura.


Extamente

Como penso

Que você é.


Assim

Como tem

Que ser.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Nostalgia











De repente, deu uma saudade...
Hoje eu estou feliz!
Bem, saudável e com uma vontade enorme (e alegre) de poder fazer tudo por você!
Tudo posso...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Surpresa



Um amontoado de coisas

domingo, 16 de novembro de 2008

Talvez haja apenas um pecado capital: a impaciência. Devido à impaciência, fomos expulsos do Paraíso; devido à impaciência, não podemos voltar.

Ontem

Apesar da mamãe cismar em me vigiar ...

D
O
R
M
I

F
E
L
I
Z
!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

qualquer coisa

HOJE CHOVEU TANTO, TANTO QUE EU NEM CHOREI!!!!

O por quê?

Desejo.
Perigo.
Fogo.

Me quemei,
Agora dói,

Deixou cicatriz.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Para CRIS GUERRA


Eu sou o brilho dos teus olhos ao me olhar

Sou o teu sorriso ao ganhar um beijo meu

Eu sou teu corpo inteiro a se arrepiar

Quando em meus braços você se acolheu

Eu sou o teu segredo mais oculto

Teu desejo mais profundo, o teu querer

Tua fome de prazer sem disfarçar

Sou a fonte de alegria, sou o teu sonhar

Eu sou a tua sombra, eu sou teu guia

Sou o teu luar em plena luz do dia

Sou tua pele, proteção, sou o teu calor

Eu sou teu cheiro a perfumar o nosso amor

Eu sou tua saudade reprimida

Sou o teu sangrar ao ver minha partida

Sou o teu peito a apelar, gritar de dor

Ao se ver ainda mais distante do meu amor

Sou teu ego, tua alma

Sou teu céu, o teu inferno a tua calma

Eu sou teu tudo, sou teu nada

Minha pequena, és minha amada

Eu sou o teu mundo, sou teu poder

Sou tua vida, sou meu eu em você
(Meu Eu em Você - Composição: Victor Chaves)

A primeira vez que eu ouvi essa música, tava no carro do meu pai, ao lado dessa agradável companhia que ele se tornou, descendo a Avenida Amazonas.

Como boa filha que também me tornei, hoje, já não brigo mais por causa do gosto musical dele, uma vez que, buscando minha evolução espiritual, me vejo diante de tais acontecimentos e aproveito (pelo menos tento) para exercer minha paciência e tolerância (engraçado falar assim, uma coisa tão boba e tão grande ao mesmo tempo, a questão do gosto).

Bem, alguns dias depois, por intermédio da Paty Caetano (blog da Cupcake), achei o blog da Cris ( o PARA FRANCISCO), e acho que como todo mundo que se delicia e se encanta por suas palavras, lí tudo numa sentada só. Me encantei, chorei por causa nobre, me emocionei, me identifiquei e fiquei amiga dela só por ser ela, "guerreira de nascença e de atitude" .

Falei do seu blog pra todos que eu conheço.

Queria mostrar pro mundo sua beleza Cris!
Sua docilidade, sua delicadeza sutil, sua clareza, sua coragem e alegria presente e gratuita de hoje, apesar da perda tão prematura...
Queria que todos pudessem de alguma forma conhecer a sua história e vissem como você consegue até hoje viver uma dia de cada vez, com a ternura e a suavidade que lhe foi concebida pelos anjos alados (os mesmos anjos que levaram pelas maõs seu Gui, esses anjos que carregam seu Cisco toda noite pro jardim dos sonhos e te fazem sonhar acordada, pensando num jeito melhor de passar as próximas 24 horas mesmo sem ele, mas sendo tão bom e tão boa como se ele estivesse junto).

De algúm jeito, sua história ficou um pouco em mim!
(e eu ouvi essa música como uma canção de amor feita para sua história linda. Por um momento gostei de sertanejo... Rss)

Cris, queria te coroar de flores, pequenas e azuis, daquelas que vimos pelos campos quando viajamos, de alguma maneira te confortar...

Pudera eu Cris, plantar uma sementinha desse " amor de vocês" em cada um, a cada dia, tudo assim, ficaria mais leve...

Um beijo enorme de anjo ( aqueles silêncios nostálgicos, sabe?)

Um cheirinho no Cisco

E um supro ao vento pro Gui que está em você, que sem saber, fez tudo isso ser tão vivo, latente e importante hoje.

Até dia 18, com pelo menos uma flor azul para você minha linda!
. . .
Daniela

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

lindinho

http://www.youtube.com/watch?v=9TV7PpzrNq4

Acho que resolvi

hoje não choro mais
( estar sozinha e sorrir lembrando de coisas boa, é isso que eu quero!)

Misturança

Viver

Esperar

Viver de novo tudo de novo

mas de novo já é diferente

Sentir

Sensação e sentimento

Tudoaomesmotempo

Graça é saber lembrar

Ou saber esquecer?

Acho que não vai ter jeito mesmo

Só poderia ser
sempre com você
Você acelerou minha calma
Já misturou tudo em mim
São Paulo, Rio de Janeiro
e Londres num grande terreiro
Natal caiu em fevereiro
é carnaval o ano inteiro
só com você
poderia ser
Você é tudo de bom

(esse trêm de você cismar de ficar em mim de enlouquece)


Acho que eu ví um gatinho...


Merece
um
texto
mas
hoje
sem
noção

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sempre

Livrai-nos de todo o mal

O CORVO (de Edgar Allan Poe)









Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro!
Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais
-Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..."
E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais
-Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.
"Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento,
"Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram.
Amanhã também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse.
"Parte!Torna á noite e à tempestade!
Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste!
Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!

Corvo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para:
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Nota: Para outros significados de Corvo, ver
Corvo (desambiguação).
Corvo /Corvus

O corvo é uma
ave da família Corvidae. Os corvos são os representantes de maiores dimensões da Ordem passeriformes. Os corvos têm ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes. Vivem em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos. A sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. São aves que apresentam comportamento complexo e que exibem sinais de inteligência, planejamento e comunicação entre indivíduos. Alguns corvos que comem sementes difíceis de se quebrar atiram as semente nas ruas de uma metrópole qualquer e deixa que os carros quebrem-nas. O corvo da Nova Caledónia (Corvus moneduloides), é conhecido pela sua capacidade de fabricar e utilizar pequenos instrumentos que o auxiliam na alimentação. Em testes especificos de inteligência animal costumam atingir altas pontuações.
Os corvos surgiram na
Ásia, mas todos os continentes temperados e várias ilhas (como o Havaí) tem representantes de 40 ou mais membros do genêro.
Na
mitologia, os corvos são vistos geralmente como portadores de maus presságios, devido à sua plumagem negra e hábitos necrófagos.

Ouvi

http://www.youtube.com/watch?v=wzRJQ7Had4k

Hoje acordei sem lembrar
Se vivi ou se sonhei
Você aqui nesse lugar
Que eu ainda não deixei
Vou ficar?
Quanto tempo vou esperar?
E eu não sei o que vou fazer, não
Nem precisei revelar
Sua foto não tirei
Como tirei pra dançar
Alguém que avistei
Tempo atrás
Esse tempo está lá trás
E eu não tenho mais o que fazer, não
E eu ainda gosto dela
Mas, ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz
E eu ainda penso nela
Mas, ela já não pensa mais em mim, em mim, não
Ainda vejo o luar
Refletido na areia
Aqui na frente desse mar
Sua boca eu beijei
Vou ficar
Só com ela eu quis ficar
E agora ela me deixou
E eu ainda gosto dela
Mas, ela já não gosta tanto assim
A porta ainda está aberta
Mas da janela já não entra luz
E eu ainda penso nela
Mas, ela já não pensa mais em mim
Eu vou deixar a porta aberta
Pra que ela entre e traga a sua luz

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Hoje de manhã... Pensamento


Acordei cedinho
Fiz o café
Pensei em você e nem sei porque
Com o que na mão?
Xícara vazia
Por conta do gás que acabou ontem a noite.
Deu vontade de sair na chuva
E levar café pra você...

Agitação (você me embrigou de tanto café)


Ontem a noite, tomei tanto café que custei muito a dormir...
Tava com os nervos a flor da pele, parecendo adolescente prestes ao primeiro beijo...
Sensação misturada com sentimento...

sábado, 8 de novembro de 2008

Hoje choveu

e eu chorei de novo

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Corpo

alma
mente

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Esmola Pra São José

Tem certas coisas seu moço
que eu não gosto muito não
por exemplo
ouvir contar história de operação
de arracamento de dente
ouvir história de briga
eu posso inté escuitá
mas me dá uma fadiga
e outra coisa seu moço
que de bom gosto eu não faço
é dá esmola a quem pede
com um santo debaixo do braço
porque eu acho que o santo
não tem muita precisão
afinal eu nunca vi
santo comer feijão
Mas pro mal dos meus pecado
ou pro minha pouca fé
todo dia lá em casa
passa um veinho andano a pé
pro sinal muito feliz
cantarolando e tal
chega na minha porta
bate palma e diz:
"esmola pra São José"
O diabo da muié
que é muito curvitera
eu nunca vi uma muié
que não fosse rezadêra
adquere um tanto quanto
corre e vai dá lá pro Santo
que dizê, pro santo
pro veio fazê a fera
De manhã logo cedinho
eu vou tomá meu café
quando dô fé ó o grito:
"esmola pra São José"
ôooo mais isso foi me enchendo
o saco
mas me enchendo por demais
Um dia cheguei em casa
com a braguia da carça virada
pa trás
sentei num toco de pau
tumei uma de rapé
quando de repente ouvi o grito:
"esmola pra São José"
pra mode de dá a esmola
a muié se arremecheu
eu fui e gritei: num vai não
dêxa
hoje quem vai dá esmola sou eu
Quando eu cheguei na porta
o velho teve um espanto
eu fui e disse:
vai trabaiá ...
vagabundo ...
que eu num dô esmola pra santo
troque o santo por uma enxada
deixa de ser preguiçoso
santo num carece de esmola, rapaz
deixa de ser mentiroso ..
o veio me olhô ...
e me disse:
que São José te perdoe
e se Deus tive te ouvino
que ele te abençoe
e que cubra tua casa de Paz, Amor,
União, Sossego, Proesperidade,
Conforto e Compreensão
e se um dia o sinhô pricisá
desse veinho
ele não mora tão perto não
mora no sítio Cauã
onde já viveu meu pai
à direita de quem vem
à esquerda de quem vai
e se um dia o sinhô passá
por ali com pricisão
de fome o sinhô num morre
tombem num drome no chão
Quando o veio disse aquilo
eu senti naquele instante
como seu eu fosse uma ...
uma frumiga
sob os pé de dum elefante
fiquei com as perna tudo tremeno
digo e num peço segredo
óia, aquele veio me deu ma surra
sem me tocá com um dedo
Eu com tanta ignorança
ele tanta mansidão
fez eu pagá muito caro
minha farta de compreensão
Então naquele momento
eu gritei pra Salomé
mandei trazê pro veinho
um boa xícara de café
e fui correndo contá meu dinheiro
tinha somento um cruzêro ..
dei tudinho a São José

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tentar

p
e
d
a
ç
i
n
h
o
s