sexta-feira, 26 de abril de 2024

 a infame distância que insiste em me aproximar de você


quinta-feira, 25 de abril de 2024

Como recuperar minha voz?


Apesar da hora, já dói.
É cedo, eu sei. 
Mais tudo é muito orgânico e nem um pouco gentil.
Dilacera, dá medo, fere.
Pelo menos eu não tenho conseguido me libertar de tamanho peso.
Não quero viver
Não quero morrer
Não quero reclamar.
Mais estou muito cansada.
O grito se calou.


qual é meu lugar de fala?
o que eu represento?
muitas perguntas, e eu aqui, à procura de respostas.

 

quarta-feira, 24 de abril de 2024


Parte de mim quer 
A outra, não. 
Existe um modo de tornar tudo mais leve?
Eu acredito que tem.
Estou cansada de não ter esperanças
De buscar uma saída que não me cabe.
De pedir, de implorar pelo mínimo. 
Sugando da vida apenas uma pequena gota.
Mais fácil mudar a perspectiva, talvez até mudar minhas coordenadas...



terça-feira, 9 de abril de 2024

Se não agora, quando?

 


A neblina que toca, não toca

O que parece que é, nem é mais, (nunca foi?)

Existe uma lembrança, toda na neblina..

(...) você esta enclausurado! não sairá dai e eu não me juntarei a você: mesmo que me enterrem ao seu lado, de suas cinzas para meus restos não haverá nenhuma passagem.. Este você que emprego é um engodo, um artifício retórico. Ninguém me ouve, não falo com ninguém. Isso não pode ser dito, isso não pode ser escrito, isso não pode ser pensado, isso se vive, e é tudo. De toda maneira, eu oscilava como você, entre o temor e a esperança. Meu silêncio não nos separou. (...) já é belo que nossas vidas tenham podido harmonizar-se por um tempo.  






terça-feira, 13 de fevereiro de 2024


                                              
Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo então salgado ficou doce
Assim que o teu cheio forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve
E forte e cego e tenso fez saber
Que ainda era muito e muito pouco
Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é o meu espelho e em ti navego
E sei que tua correnteza não tem direção
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos
É o mal que a água faz, quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque não vemos



"Este é um país livre, onde, desde que não machuque os outros, todos tem direito inalienável de estar tão errados quanto quiserem, têm se enganado, se reprimido, e recusado a generosidade e a abundância do mundo. Nossas recompensas na vida sempre estarão na proporção exata da nossa contribuição, do nosso serviço."