EU FAÇO ARTE NAS MONTANHAS...
Eu tenho vontades! Eles tem vontades! Tudo errado? Tudo certo? Quero morrer, quero viver, quero mais é me abrir.... {em construção (ainda não é isso)}
sexta-feira, 26 de abril de 2024
quinta-feira, 25 de abril de 2024
Como recuperar minha voz?
quarta-feira, 24 de abril de 2024
A outra, não.
Existe um modo de tornar tudo mais leve?
Eu acredito que tem.
Estou cansada de não ter esperanças
terça-feira, 9 de abril de 2024
Se não agora, quando?
A neblina que toca, não toca
O que parece que é, nem é mais, (nunca foi?)
Existe uma lembrança, toda na neblina..
(...) você esta enclausurado! não sairá dai e eu não me juntarei a você: mesmo que me enterrem ao seu lado, de suas cinzas para meus restos não haverá nenhuma passagem.. Este você que emprego é um engodo, um artifício retórico. Ninguém me ouve, não falo com ninguém. Isso não pode ser dito, isso não pode ser escrito, isso não pode ser pensado, isso se vive, e é tudo. De toda maneira, eu oscilava como você, entre o temor e a esperança. Meu silêncio não nos separou. (...) já é belo que nossas vidas tenham podido harmonizar-se por um tempo.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2024
"Este é um país livre, onde, desde que não machuque os outros, todos tem direito inalienável de estar tão errados quanto quiserem, têm se enganado, se reprimido, e recusado a generosidade e a abundância do mundo. Nossas recompensas na vida sempre estarão na proporção exata da nossa contribuição, do nosso serviço."
sábado, 4 de novembro de 2023
Quando alguém morre, há comoção. E esquecemos que a consciência só entrou na porta ao lado...
Porque as coisas não morrem quando eu morro, morre apenas meu olhar em direção a elas. Morre esse sopro.
Esse meu sopro em direção a tudo que sinto e vejo.
Pra morrer e preciso fazer força?
Morrer doí (acho que nossa última dor, como nascer, que foi a primeira dor).
E toda dor é força.
Força que se junta e que se vai.
É preciso ser audaz para fazer força.
Porque se você não ousa, tudo cai por terra.
E a alma se entristece.
E o pulsar fica mansinho.
E acham se apaga.
Chama apagada perde a coisa bonita da vida. Das vontades.
não tem lado luz e nem lado sombra. É tudo a mesma coisa.
Só tem um amontoado de "eus" sem noção, tudo um ponto de interrogação... E a gente não sabe o porquê. Não sabe nada.
Só sabe que morreu. E o que resta é se entregar ao nada, ao vazio da imensidão. Eu não queria morrer velha. Eu quero morrer logo. Eu quero morrer logo? Será? Agora? Será o quê que eu quero?
Acho que nem sei o quê. Só sei que quero ir.
Caminhar para algum lugar onde eu possa ouvir o silêncio. E só. Com o passar dos tempos, tenho querido estar no silêncio, cada dia mais.
Há uma vontade avassaladora de mais nada. Só dormir.
Quando eu acordo de manhã, dói.
Dói ver que acordo no mesmo quarto, na mesma cama, com as mesmas dores, olhando as mesmas persianas alaranjadas.
Dói.
Dói ter que pensar que a coluna vai doer quando eu virar na cama, pra levantar, dói se eu estico a perna e me movo lentamente para a frente e para a direita. E quando levanto.
Passo o dia com dor.
Algo me lembrando que carreguei peso demais.
Todo o peso. Sozinha. De criar filho e de me criar.
Todo o peso de escolhas que me levaram a um lugar onde eu mesma não quis estar (pelo menos sozinha não!).
Não achei que fosse tão pesado.
E não achei que todo esse peso carregado, se reverteria a tanta dor.
Essa dor não me cansa de lembrar.
Essa dor não me deixa esquecer.
terça-feira, 3 de outubro de 2023
domingo, 1 de outubro de 2023
Estou ao Sul
Mais não.
Você veio de mansinho, eu não me preocupei no caminho, sem pressa, contando histórias de assombração, política e tesão.
Ganhou o meio de campo.
Desvelou o toque sob o sol quente e claro da manhã.
Me alimentou. Me pegou pela mão, deu abrigo, partilha e me mostrou repertórios coleantes.
Eu reagi.
Me inspirei, coração na mão, na boca, boca na boca, pulsação...
Foi tudo tão rápido, desse momento em diante que só vi quando tive que me acertar no sofá para não cair.
Levantar.
Respirar.
Chegar da janela para depois voltar aos seus braços mornos.
As horas passaram.
As bocas.
Sofreguidão.
Não pude deter seu último movimento, tudo contratempo.
Você sem direção.
Eu no chão.
Moída.
Calada.
Oprimida.
Gritei o último não.
Você não se importou, me atropelou.
Eu segui sozinha, na altura do chão.
Procurando a última esperança de me apoiar no meu próprio suspiro e sucumbir. Sucumbir talvez da sua vista, da minha vista, da história sem fim, sem começo, sem tinta, sem tela, sem nada em que me deixastes na altura do chão.
segunda-feira, 22 de maio de 2023
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023
A natureza da gente não cabe em certeza nenhuma
Li isso.
Fiquei impactada
Reflexiva
Acatei, lá dentro do meu ser, meras palavras
com toda força que me cabe nascer, crescer e morrer.
E você ai presumindo que pode escolher.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2023
Exige uma força ser eu mesma
Por mais que doa é preciso seguir o fluxo da vida e se abrir para o presente, mesmo que ele tenha o tempo contado para virar passado. Sonhei com você essa noite. Não me lembro ter sonhado antes ao longo desses anos todos, acho que por você querer ser a neblina que ficou no passado, mesmo com toda vida cá presente. Você estava tão sereno, calmo e aqui. Eu chorei no sonho e chorei também quando acordei... sei que está tudo certo, como tem que ser e que fazemos parte de uma só Fonte. Mais dói não poder dividir o lastro, os dias vão se tornando ora sem graça, ora nublados, sem saber ao certo o rumo, às vezes me sinto nau sem rumo (lembrei do meu avô vindo de navio da Itália, segundo ele contava, viagem sem fim que durou 4 meses, ). Me enrosco toda em memórias e desejos. Me arrebata a culpa. Mais o amor por ti é perene.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2022
sábado, 5 de março de 2022
Mia Sorella
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
VERDADE
terça-feira, 23 de novembro de 2021
Continuo
segunda-feira, 8 de novembro de 2021
sexta-feira, 22 de outubro de 2021
Tênis furado
COLOCAR OS PÉS NO CHÃO EXIGE CORAGEM.
CONTINUAR COM OS PÉS NO CHÃO EXIGE FORÇA.
SALTAR EXIGE LEVEZA.
SEGUIR O CAMINHO CERTO EXIGE CALMA...
CALMA ESSA QUE MUITAS VEZES NÃO TIVE, CALMA ESSA QUE MUITAS VEZES ME FOI ROUBADA, ENGANADA E DILACERADA.
HÁ MAIS DE VINTE ANOS PARI UM FILHO QUE ANDA POR AI COM ESSES TÊNIS...
ME INCOMODA VER, TALVEZ PELO MEU OLHAR ESTÉTICO, QUE MUITAS VEZES ME RENDEU ELOGIOS E AGORA ME RENDE VERGONHA.
VERGONHA POR TER VERGONHA.
VERGONHA POR TANTAS COISAS QUE NÃO CABERIAM PALAVRAS, VERSOS E JUSTIFICATIVAS.
VERGONHA POR TER, A VERGONHA QUE ELE NÃO TEM, NEM LIGA, ELE ANDA COM OS TÊNIS FURADOS. ELE NÃO SE IMPORTA, NUNCA SE IMPORTOU. NUNCA RECLAMOU DE NADA... É UM MENINO CALADO, MAIS QUANDO QUESTIONADO, INTERPELADO, ELE ARGUMENTA DE UMA FORMA PECULIAR QUE LHE VEIO POR HERANÇA, TALVEZ... ELE QUE JÁ CHOROU TANTAS VEZES COMIGO, AO ME ABRAÇAR, POR ME VER CHORAR.
E EU ME ORGULHO DISSO.
DELE, QUE VEIO MUITO MELHOR DO QUE EU.
domingo, 10 de outubro de 2021
domingo, 3 de outubro de 2021
Pra lembra que aqui é Primavera
Existe tanto sentimento aqui que as vezes acho que vou explodir... me culpo tanto por ser esse vulcão emocional, principalmente agora que falta recurso e sobra amor. Sentimentos esses que apareceram muitos deles sem o meu consentimentos e se instalaram que nem aqueles parasitas nos hospedeiros.
Sei que não existirão palavras pra confortar .
Mais existe o tempo...
Esse as vezes é muito feroz, nos rasga, dilacera e quando caímos em si, não temos mais tempo para as coisas simples, que o dinheiro não paga... noutras vezes ele é generoso, e nos trás flores nas primaveras, depois de longos invernos!
Mais o que eu quero muito te dizer é que não perca a genuinidade... sua escolha do coração, do fundo do seu ser...sinto muito te falar isso agora, neste momento em que as emoções estão todas a Flor da pele... às vezes sinto por sua distância mesmo sentindo-o perto, lamento por tudo, peço desculpas se te magoei e se não fui paciente, amorosa e amiga que eu poderia ser, eu só me afastei para não ser outro problema pra você. E para o seu relacionamento... sabe, eu achei que te conhecia pelo menos um pouco, daquela vez que você me chamou pra conversar , achei que você ia me dizer que ia se separar, mais não, você se despediu... é, são escolhas... eu pago um preço alto pelas escolhas do coração sabe?
Sou muito.
Sinto muitíssimo...
Porque sei que não se leva nada, senão as coisas boas que fizemos e não o que temo$
Espero ter chance de organizar as coisas e seguir
Não há metal, mais existe amor!
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
domingo, 5 de setembro de 2021
SE VOCÊ NÃO FAZ...
Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorros-quentes. Ele não ouvia rádio, assistia televisão, nem lia jornal. Preocupava-se apenas em produzir e vender bons cachorros-quentes. Prezava muito a qualidade do pão, da salsicha e do atendimento ao seu cliente.
Ele também sabia divulgar como ninguém seu produto: colocava cartazes pela estrada, oferecia em voz alta e o povo comprava.
Usando o melhor pão e a melhor salsicha, o negócio como não podia ser diferente, prosperava. Ele começou a formar uma clientela fiel que voltava sempre e trazia cada vez mais gente para sua barraca de cachorro-quente, até que ele construiu uma grande loja e, como estava prosperando cada vez mais, mandou seu filho estudar Economia na melhor faculdade do país.
Um dia, seu filho já formado voltou para casa. E falou ao pai:
– Pai, você não ouve rádio, não vê TV, não lê os Jornais? A situação é crítica, o país vai quebrar.
Depois de ouvir isso, o homem pensou: “Meu filho estudou fora, lê jornais e vê TV. Deve estar com a razão.”
E com medo e a fim de economizar, preocupado com a tal crise, procurou um fornecedor mais barato para o pão e as salsichas de menor qualidade. Além disso, para economizar mais ainda, parou de fazer seus cartazes de propaganda que espalhava pela estrada. Abatido pela notícia da crise já não oferecia seu produto em alta voz. Ou seja, parou de fazer sua propaganda. As vendas, é claro, despencaram até o negócio quebrar.
Então o pai muito triste, falou para o filho:
– Você estava certo filho, estamos no pior momento de todos os tempos.
sábado, 4 de setembro de 2021
domingo, 29 de agosto de 2021
Presente pra minha irmã
terça-feira, 24 de agosto de 2021
Foto da memória recorrente
Tenho dançado os sonhos, buscando uma
sintonia, uma energia que me conecte cada dia mais com minha essência, afinando
de alguma forma. Algo profundo se move em meu ser, uma força que transgride
todas essas amarras, para o meu ''eu" se soltar e fluir...
Lembrei do meu avô, das fontes na Itália e do tão singelo é essa imagem, que tão me remete ao quintal do meu avô, das suas reciclagens, dos seus orgânicos, das abelhas, da sua horta, dos alfaces, da parreira de uvas, das joaninhas, do pão, das massas, do garrafão de vinho, daquele engradado de cerveja quente que ficava na beirada da cama dele e das carteiras de papelão e saquinho de leite... Honrando meu avô materno e todos os meus ancestrais na Lombardia, na Calábria e na Sicília. Ciao!
segunda-feira, 23 de agosto de 2021
Presa por querer?
terça-feira, 3 de agosto de 2021
Poema em linha recta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe — todos eles príncipes — na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos — mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.