sexta-feira, 26 de julho de 2024

 A morte parece menos terrível quando se está cansada.

quarta-feira, 24 de julho de 2024


Jurei mentiras 
E sigo sozinha
Assumo os pecados.
Os ventos do norte 
Não movem moinhos.
E o que me resta 
É só um gemido.
Minha vida,
 Meus mortos,
Meus caminhos tortos.
Meu sangue latino
Minh'alma cativa.
Rompi tratados,
Traí os ritos
Quebrei a lança, 
Lancei no espaço.
Um grito,
Um desabafo.
E o que me importa 
É não estar vencida.

domingo, 21 de julho de 2024

 


Entre os últimos dois meses, completo minha sétima ida ao hospital... Hoje sem forças.

Procurando por mais um motivos sequer, pra dar conta de tudo. Só não sei até quando.



O que é que há?
O que é que tá se passando com essa cabeça?
O que é que há?
O que é que tá me faltando pra que eu te conheça melhor?

Pra que eu te receba sem choque
Pra que eu te perceba no toque das mãos
Em teu coração

O que é que há?
Porque é que há tanto tempo você não procura meu ombro?
Por que será?
Por que será que esse fogo não queima o que tem pra queimar?

Que a gente não ama o que tem pra se amar
Que o Sol tá se pondo
E a gente não larga essa angústia do olhar, ah

Telefona, não deixa que eu fuja
Me ocupa os espaços vazios
Me arranca dessa ansiedade
Me acolhe, me acalma em teus braços macios

O que é que há?

sábado, 20 de julho de 2024

E hoje já é amanhã.

e eu não esqueço.

não consigo.

nem durmo.

A respiração cisma em falhar e isso não é sobre meditar.

entre tantas vontades, morrer agora me cairia bem (ou já estou morta?)

Sofrer porque o ar falta e coração já não é o mesmo a bater, traz uma dor que não tem fim, não tem começo e nem tempo.

não havia experimentado até aqui  (ou pelo menos não tenho essa memória) nada igual.

é uma sensação de frio com indigestão,  misturada com um sentimento de medo e decepção.

rumo a mais uma noite em claro até o remédio chegar, isso é, se ele chegar...


quarta-feira, 17 de julho de 2024


Seus cabelos,
Balançavam com o vento.
Ela dançava,
Dançava de dia,
Dançava de tarde,
Dançava à noite.
À noite,
Enquanto os archotes brilhavam,
E punham nela muitos fulgores,
Ela sorria e sorria...
Para quem sorria?
Para ninguém.
Bastava, para ela,
Sorrir para si mesma.
Sorria...
Sufocando o pranto,
Que lhe inundava a alma.
Porque, se ela chorasse,
Todos choravam também.
E ela tinha que sorrir,
Cantar,
Dançar.
Bailando,
Como baila o vento,
Cantando,
Como cantam as aves,
Só, tão só...
E, no entanto, dona absoluta,
De todos os olhares,
De todas as mentes,
Que estavam ali.
Cada um achando,
Que era para eles que ela sorria,
Quando, na verdade,
Ela não sorria para ninguém,
Ela sorria para si mesma.
O tempo passou...
E, no vento tão forte,
Que muda a vida,
Mudando as pessoas de lugar,
Daqui para acolá.
Um dia,
Ela deixou de dançar,
Mas não deixou de cantar.
Mesmo na solidão dos pinheiros gelados,
Fazia, com os rouxinóis,
Um dueto encantado.
O rouxinol cantava de tristeza,
Ela cantava de saudade,
De dor...
Por onde andará?
Como estará a terra dos meus amores?
Aonde estarão aqueles,
Que pisam, firme, o chão?
Aonde estará o meu povo?
Será que estão como eu...
Na solidão?
Canta, cigana,
Canta...
Deixa que o vento da vida te carregue,
Que a brisa te abrace
E que as folhas te teçam arpejos,
Nos ninhos dos pássaros.
A solidão nos faz
Aprender a viver,
Dentro de nós,
Num castelo encantado.
Onde se é possível,
Chorar sozinha
E rir, feliz,
Para todos os passantes,
Caminhantes,
Andantes de muitas terras,
De muitos sonhos,
De muitas estradas.
Deixa voar,
O seu sonho de paz,
Porque, um dia, você terá.
Não chore,
Não chore, cigana,
Cante.
Porque, mesmo sem cantar,
Você encanta.
E, Mesmo chorando,
Você sorri.
Deixa o tempo passar,
Deixa as folhas voar,
Voar...
Porque, um dia,
Paz você terá !

quinta-feira, 11 de julho de 2024

M I N H A S      P A L A V R A S

S E U S      S I L Ê N C I O S 

terça-feira, 9 de julho de 2024


 

quinta-feira, 4 de julho de 2024

 


Adoecer é passar a limpo as memórias, o medo e a dor. 

 É por um triz, achar, que vai tudo acabar.

 É gritar sem ter ninguém pra te ouvir.

 É abraçar o medo sem querer e ficar abraçada a ele e ele a você, sem escolha.

 É como subir na montanha russa sem ter como recuar.