sexta-feira, 15 de agosto de 2025


E eu segui,
com a lembrança do seu toque
e o peso da sua ausência.
Não houve drama,
só aquela pausa longa entre uma pergunta e a certeza.

A gente se conta histórias pra seguir:
que foi melhor assim,
que não era pra ser,
que o tempo sabe o que faz.
Mas no fundo, sabemos, o tempo apenas passa.

Ficou em mim o que não foi dito,
o que não foi vivido.

Hoje, não te espero.
Mas às vezes, no silêncio,
te escuto de novo,
atravessando mares e montanhas,
perguntando se ficou algo de ti em mim.

Ficou.
Mas não como antes.
Ficou como ficam as coisas que não cabem mais,

mas também não se esquecem...

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

SILÊNCIO TEU

Te fui.
E mesmo longe,
fico.
Tua ausência me visita
mais que tu.
Respiro,
aguardo.
E nisso 
vivo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Falei de amor, de casamento, fui Amélia assumida, descabelei, não rodei a baiana por amor, acordei apaixonada, fui dormir amando, segurei o choro, fingi que estava tudo bem quando não estava, tive a fase do conto de fadas, me perdi no caminho, quase peguei um avião,esqueci do meu sorriso, até mesmo dos meus passos de dança, parei de colorir, de brindar, me encaretei e disse não pra minha essência. Não quero rédeas, gaiolas, porque eu tenho asas e vim parar nesse mundo pra usá-las. Coragem.