Deveriam normatizar a morte.
Tudo tão efêmero diante de nós
E você se apegando em tão pouco.
Queria ver, viver minha vida
Passar o que eu passei,
E ainda assim sorrir...
Deveriam normatizar a morte.
Que de tão tola e vulgar
Acaba sendo tão temida
Diante de nossos corpos
Que ainda julgam-se inabaláveis.
Deveriam normatizar a morte.
Com leis e regras bem definidas,
Um manual para esse corte,
Entre vidas e partidas
(parece-te uma tentativa de domesticar o incontrolável?)
última palavra do livro,
silencio do que foi vivido,
deveria a morte ser um abraço normal...
Deveriam normatizar a morte.
Onde o fim é um capítulo comum
Não um evento sombrio e enfim,
Mais uma etapa em nossa viagem
Uma passagem através do véu.
Deveriam normatizar a morte.
Imaginemos então,
A nossa existência não marca
Por um temor sombrio.
Mas pela serenidade de um ciclo completo e harmonioso.
APENAS,UM RITO DE PASSAGEM.
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