terça-feira, 27 de agosto de 2013

Quase uma oração . . .



Nego-me a submeter me ao medo
Que me tira a alegria de minha liberdade
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo,
Eu quero viver, e não quero encerar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir meu medo.

E quando me calo, quero faze-lo por amor
E não por temer as conseguências das minhas palavras
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me, só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim;
Por medo de errar, não quero tornar-me inativo.
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável,
Por medo de não me sentir seguro no novo.
Não quero fazer-me de importante
Por temer que, do contrario, seria ignorado.

Por convicção e amor, quero fazer o que faço
E deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.


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